Papa visita Universidade dos Jesuítas e fala-lhes do ministério da consolação
Ontem, sexta-feira,
15 de agosto, no seu regresso a Seul, após o encontro com os jovens em Daejeon, o
Papa Francisco realizou uma visita fora programa à Universidade Católica de Sogang,
dirigida pelos Jesuítas. De facto, a Companhia de Jesus fundou em 1960, em Seul, um
Colégio, que passou a Universidade dez anos depois. Encontrava-se ali presente o diretor
da revista dos jesuítas italianos, "La Civiltà Cattolica", Padre Antonio Spadaro,
que contou à Rádio Vaticano o que se passou: O Papa decidiu encontrar os seus confrades
jesuítas e nesta mesma quinta-feira comunicou a sua intenção. Foi, portanto, uma coisa
absolutamente nova também para os jesuítas, que ficaram desconcertados, porque não
sabiam o que preparar, nem como. Na realidade, o encontro foi de uma simplicidade
incrível: uma sensação de casa, de família, de normalidade absolutamente grande, forte.
- O que é que o Papa disse? O Papa entrou e foi acolhido, como podem imaginar,
com um grande aplauso, e todos se apresentaram. No final todos se apresentaram, mas
no início também por tipologia de atividade: os jovens em formação, portanto, os noviços,
e depois aqueles que se ocupam do apostolado espiritual, do apostolado juvenil. Foi
realmente uma grande festa. O Papa gostou muito deste clima e depois, após algumas
poucas palavras introdutórias de saudação, falou. Falou espontaneamente, é claro (sem
texto) e foi um discurso simples e intenso, tudo ele centralizado numa palavra – consolação
– que para nós Jesuítas é uma palavra fundamental: a consolação espiritual. Disse
que somos ministros da consolação, que por vezes na Igreja se experimentam fadigas,
feridas, e que algumas vezes o povo sofre feridas também por causa dos ministros da
Igreja. E reiterou aquela expressão que usou na entrevista que lhe havia feito da
Igreja como "hospital de campanha". Retomou essa expressão e a confirmou. Essa é sua
visão da Igreja. Portanto, a tarefa de nós, Jesuítas – mas, diria, em geral, dos ministros
do Evangelho, dos sacerdotes, dos religiosos – é a de sermos pessoas de consolação,
que dão paz ao povo, que suavizam as feridas. E repetiu isso de vários modos e com
acentos muito fortes, muito envolventes.