2014-07-29 14:03:38

Muçulmanos celebram o fim do Ramadã


Cairo (RV) - O fim do Ramadã e a celebração do "Eid ul-Fitr" nesta segunda-feira não tiveram o seu caráter festivo em muitos países do Médio Oriente Médio, onde os conflitos armados e as crises políticas não dão tréguas à população nem nestas datas. Esta festividade, que dura três ou quatro dias e é uma das mais importantes do calendário muçulmano, teve início em países como o Egito, Iraque, Síria, Iêmen, Arábia Saudita e Líbano, depois de os especialistas terem avistado na noite de domingo o "hilal" ou a lua crescente.

Como é tradição, centenas de milhares de pessoas dirigiram-se ao amanhecer às praças localizadas em frente às principais mesquitas para participar de orações coletivas. Parte da população xiita atrasou, no entanto, o início da festividade para esta terça-feira, da mesma forma que no Irã.

Os muçulmanos dedicam estes dias a visitar os familiares e amigos, comprar roupa nova e presentes às crianças, e viajar. Após um mês de jejum e fervor religioso, muitos aproveitam agora para ir, por exemplo ao Egito, à praia para sobreviver às altas temperaturas de verão. No entanto, embora a população tente deixar de lado as suas preocupações durante estes dias, poucos podem ficar indiferentes perante a ofensiva israelense contra a Faixa de Gaza, a guerra na Síria ou os avanços dos jihadistas nesse país e Iraque, onde proclamaram um califado.

Enquanto a comunidade internacional pediu um cessar-fogo durante o "Eid ul-Fitr" em Gaza, não ocorreu o mesmo este ano com na Síria, um conflito que parece esquecido e que ficou em segundo plano diante de outras crises regionais.

O Ramadão, durante o qual os fiéis se abstêm de comer, beber, fumar e manter relações sexuais desde a alvorada ao ocaso, tem um caráter sagrado porque, segundo a tradição, foi durante este mês que o profeta Maomé recebeu a revelação do Corão. (SP)








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