Bispos franceses iniciam visita de solidariedade aos cristãos iraquianos
Paris
(RV) - A delegação francesa da Igreja Católica formada pelo Arcebispo de Lyon,
Cardeal Philippe Barbarin, pelo Bispo de Evry-Corbeil-Essonnes, Dom Michel Dubost,
e por Mons. Pascal Gollnisch, começa nesta segunda-feira, 28 de julho, uma visita
de solidariedade aos cristãos no Iraque, cuja existência encontra-se ameaçada pela
guerra e pelo avanço dos fundamentalistas do Estado Islâmico do Iraque e do Levante.
Em
Mossul, depois de quase dois mil anos, não existem mais cristãos, pois eles foram
expulsos de suas casas. A delegação se encontrará com o Patriarca de Babilônia dos
Caldeus, Dom Louis Raphaël I Sako.
A Rádio Vaticano entrevistou o Bispo de
Evry-Corbeil-Essonnes, Dom Michel Dubost, sobre a finalidade dessa visita ao Iraque.
"Nós
queremos que a atenção para o que está acontecendo agora, sobretudo em Gaza, não nos
faça esquecer que os cristãos do Oriente Médio vivem um momento extremamente difícil.
Queremos manifestar aos nossos irmãos e irmãs a nossa solidariedade e queremos de
todo coração estar próximos a eles."
Vocês denunciam a indiferença em
relação às perseguições contra os cristãos nesses países...
"É claro
que não há muitas imagens na televisão: o que se vê é Gaza, mas sobre a Síria e o
Iraque não temos imagens e também nesses países os cristãos estão sofrendo muito!
Fala-se pouco ou nada. O que queremos é tornar público este sofrimento."
Vocês
afirmam que a comunidade internacional não se envolveu na resolução desses conflitos...
"A
comunidade internacional há muito tempo mostra incapacidade. O Presidente Bush quis
intervir no Iraque, mas fez mais mal do que bem! Hoje, o Califado tem muito dinheiro,
recursos e meios e isso é realmente inquietador para a paz no mundo. As grandes potências
deveriam se preocupar com isso em tempo, mas não sabem o que fazer. Este é o problema!"
O
que vocês esperam dessa missão no Iraque?
"As nossas expectativas são
muito claras! Queremos primeiramente nos encontrar com essas pessoas e dizer-lhes
que estamos presentes espiritualmente ao lado deles. Claro que é um pequeno consolo,
mas quando se sofre é importante sentir que os outros estão ao nosso lado. Pedimos
ao Senhor para mudar os corações. Não existem outras soluções! Iremos ao Iraque como
pobres, mas os pobres podem mudar o mundo!" (MJ)