2014-07-23 16:50:53

Patriarcado de Moscou: quem sabe a verdade sobre a queda do avião deve falar diante de Deus e do povo


Moscou (RV) – A Igreja Ortodoxa Russa lançou um apelo para que as pessoas envolvidas no desastre aéreo de 17 de julho, na Ucrânia, falem “toda a verdade diante de Deus e do povo”. Por outro lado, parece não ter fim a trágica odisséia da recuperação dos corpos. Faltam ainda 82 das 298 vítimas, segundo denunciaram especialistas holandeses. Os observadores da OSCE presentes no local da queda do vôo MH17 da Malaysia Airlines confirmam que ainda existem restos humanos, mas denunciam que as operações de recuperação foram novamente paradas.

“Seria justo se os comandantes de todos os sistemas de mísseis que estavam na área em 17 de julho falassem toda a verdade sobre o que fizeram e o que viram; que dissessem a todos, a Deus e ao povo”, declarou o Arcipreste Vsevolod Chaplin, chefe do Departamento Sinodal para as relações entre Igreja e sociedade. A mesma coisa, a seu ver, deveriam fazer os membros da tripulação do avião, que alguns sustentam, voou próximo ao avião precipitado. A tese é do Ministro da defesa russo, segundo o qual um caça ucraniano voava muito próximo ao Boeing 777 da Malaysian Airlines abatido por um míssil.

“Se estas pessoas não fizeram nada de mal, não devem ter nada para esconder – declarou o representante do Patriarcado de Moscou, citado pela Interfax. Se, pelo contrário, cometeram o pecado mortal de matar centenas de pessoas inocentes, é melhor admiti-lo, ao invés de carregar o grave peso desta culpa na alma”.

No dia da festa do ícone da Virgem de Kazan, em 20 de julho – três dias depois da tragédia – o Patriarca Kirill convidou os fiéis “a rezar com particular força para evitar o risco de uma grande guerra”. Na Catedral dedicada a Nossa Senhora de Kazan, na Praça Vermelha, o Primaz Ortodoxo havia pedido para rezar a Mãe de Deus “pela salvação da Rússia e de toda a Rússia histórica (conceito que compreende a Ucrânia e a Belarus) e pelo fim da guerra interna na Ucrânia, que é utilizada de modo terrível por forças externas que têm objetivos diferentes daqueles que hoje são proclamados”. (JE)











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