Organização dos países islâmicos defende cristãos de Mosul
Bagdá (RV) - “O deslocamento forçado de cristãos de Mosul é um crime intolerável.
As atrocidades cometidas e as práticas em andamento não tem nada a ver com o Islã,
com os seus princípios de tolerância e convivência”. Foi o que afirmou a Organização
da Cooperação Islâmica (OCI) ao denunciar com veemência as violências dos insurgentes
sunitas do Estado Islâmico, que em junho assumiram o controle da segunda cidade iraquiana.
No
comunicado divulgado pela organização que reúne 57 países muçulmanos – e referido
pela Agência Misna – seu Secretário Geral, o saudita Iyad Madani, ofereceu assistência
humanitária necessária às pessoas deslocadas, “na expectativa que possam retornar
às suas casas”.
O grupo radical do Estado Islâmico – que proclamou um Califado
entre o norte do Iraque e o leste da Síria – advertiu que os habitantes cristãos de
Mosul “devem converter-se ao Islã e pagar uma taxa especial”, ou abandonar a região.
Segundo
o último balanço divulgado pela ONU, desde o início da ofensiva sunita, partida de
Fallujah em janeiro passado, 5.576 civis foram mortos, dos quais 2.400 somente em
junho, e 11.662 ficaram feridos. (JE)