2014-07-21 17:53:00

Sydney: Transplante de medula óssea cura dois homens com HIV


Melbourne (RV) - Teve início neste domingo, 20 de julho, em Melbourne, na Austrália, e prossegue até sexta-feira, 25, a 20ª edição da Conferência Internacional sobre AIDS.

Logo depois da abertura da conferência, que reúne 12 mil delegados de 200 países, veio de Sydney uma notícia de grande importância médica e clínica. Dois australianos soropositivos e cancerosos, após um transplante de medula óssea, no Hospital São Vicente, ficaram livres do vírus HIV com o qual lutavam há anos.

Um dos dois pacientes, afetado por linfoma de Hodgkin, recebeu um transplante de medula óssea, em 2010, de um doador que tinha duas possíveis cópias de um gene que oferece proteção contra o HIV. O segundo paciente, que recebeu uma medula óssea normal, em 2011, para tratar a leucemia mielóide aguda, ficou livre do HIV, embora não tendo nenhuma imunidade genética conhecida.

Os dois pacientes, que continuam a terapia antirretroviral por motivos de cautela, parecem ser a segunda e a terceira pessoa no mundo que combateram o HIV, depois do caso do estadunidense tratado com sucesso, em Berlim, entre 2007 e 2008.

Segundo os pesquisadores do hospital de Sydney, onde os pacientes foram tratados, os transplantes de células-tronco adultas terão uma função crescente no tratamento do HIV. O diretor do hospital, Sam Milliken, destacou que "nesta fase, esta forma de tratamento ainda é muito perigosa para tratar pacientes que possuem somente o HIV". "Todavia", admitiu, "existe um potencial para usar os transplantes de forma eficaz contra o HIV no futuro".

Os participantes da 20ª Conferência Internacional sobre AIDS fizeram um minuto de silêncio em homenagem aos pesquisadores que morreram na tragédia do voo MH17, da Malaysia Airlines, abatido na Ucrânia.

Dentre os 298 mortos, estava o pesquisador holandês Joep Lange, ex-presidente da Sociedade Internacional de AIDS, reconhecido mundialmente por seus esforços para que os remédios contra o HIV chegassem aos países e localidades mais pobres. O pesquisador estava envolvido com o estudo da doença desde o princípio da epidemia, no início de 1980. (MJ)

















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