Gaza: Conselho de Segurança da ONU apelou para o fim imediato das hostilidades
O Conselho
de Segurança das Nações Unidas reunido de emergência neste domingo deliberou reiterar
o apelo para o fim imediato das hostilidades na Faixa de Gaza. A ofensiva israelita
foi condenada pela Jordânia que considerou ter sido um “massacre horrível” o ataque
deste domingo no bairro de Shejaiya. O presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud
Abbas, disse que o ataque contra este bairro constituiu um "massacre" e a Liga Árabe
acusou Israel de cometer um "crime de guerra". Uma trégua humanitária entrou em
vigor na área, mas durou menos de uma hora. "Shejaiya é uma zona civil onde o Hamas
instalou os seus rockets, os seus túneis, os seus centros de comando", justificou
o exército israelita. "Há vários dias que avisámos os civis para evacuarem a área.
O Hamas ordenou- -lhes que ficassem, foi o Hamas que os colocou na linha de mira".
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, garantiu que existe um apoio internacional
"muito forte" à operação militar israelita em Gaza. "Estamos a promover uma operação
complexa, intensa e em profundidade no interior da Faixa de Gaza que é apoiada pelo
mundo. O apoio é muito forte entre a comunidade internacional", declarou Netanyahu. Netanyahu
considerou que Israel garantiu "legitimidade internacional" para a sua operação militar
após ter aceitado uma proposta de trégua do Egipto em 15 de julho e que foi recusada
pelo Hamas, que em simultâneo exigia o fim do bloqueio israelita ao enclave palestiniano
com 1,8 milhões de habitantes. Israel anunciou entretanto a morte de 13 soldados
desde sábado à noite, o que eleva para 18 as baixas do seu lado. Do lado palestiniano
são já mais de 500 as vítimas mortais desde o início deste conflito. (RS)