Francisco pede empenho da comunidade internacional para debelar trabalho infantil
Cidade do Vaticano
(RV) – No final da Audiência Geral desta quarta-feira, o Papa recordou a celebração,
no dia 12 de junho, do Dia Mundial contra a exploração do trabalho infantil.
Francisco
citou os milhões de menores, enfatizando o termo “milhões”, que são obrigados a trabalhar
“em condições degradantes”, expostos a formas de escravidão e de exploração, como
também de abusos, maus-tratos e discriminações.
“Faço votos vivamente que a
comunidade internacional possa ampliar a proteção social dos menores para debelar
essa chaga. Renovemos todos o nosso empenho, em especial as famílias, para garantir
a cada menino e menina a tutela de sua dignidade e a possibilidade de um crescimento
saudável. Uma infância serena permite às crianças olhar para a vida e para o futuro
com confiança.”
O Papa rezou um “Ave-Maria” com a multidão, para pedir a intercessão
de Nossa Senhora, “que teve o Menino Jesus nos braços”, por esses meninos e meninas
que são explorados por meio do trabalho e de abusos.
A Organização Internacional
do Trabalho (OIT) estima que, atualmente, existam 168 milhões de crianças e adolescentes
entre 5 e 17 anos que trabalham. Desse total, a maioria está na agricultura – cerca
de 98 milhões (58%). Um dos setores que preocupam a organização é o do serviço doméstico,
que emprega mais de 15 milhões de menores e que está entre as piores formas de trabalho
infantil, por envolver atividades perigosas, com efeitos nocivos à saúde física, mental
e emocional.
Este ano, a OIT lança a campanha “Cartão vermelho para o trabalho
infantil”, por ocasião da Copa do Mundo, para conscientizar a sociedade civil contra
o uso de mão de obra de crianças e adolescentes durante o Mundial.
Serão realizadas
ações em várias cidades brasileiras, como Recife, Alagoas, São Luís e Porto Velho,
com a promoção de oficinas, palestras, panfletagem e atividades esportivas para crianças
e adolescentes.