Papa reza no Muro das Lamentações, deixa bilhete com Pai-nosso e abraça rabino e professor
muçulmano que o acompanham
O Papa rezou em silêncio pela paz diante do Muro das Lamentações, o lugar mais sagrado
do Judaísmo, e depositou no local um bilhete escrito, com a oração do Pai-nosso. Recebido
pelo rabino chefe Samuel Rabinovitch, que preside à Fundação que gere este lugar santo
judaico, ouviu uma explicação histórica, em inglês, sobre a história do Templo de
Jerusalém. O rabino recitou depois um salmo dedicado à cidade santa de Jerusalém,
recitado também na liturgia católica. O Papa aproximou-se depois do Muro e rezou
em silêncio durante alguns minutos, retirando o bilhete do envelope para recitar a
oração. O momento concluiu-se com um abraço entre Francisco, o rabino Abraham Skorka,
de Buenos Aires, e o professor muçulmano, Omar Ahmed Abboud, secretário-geral do Instituto
de Diálogo Inter-religioso da República da Argentina, que integram a comitiva pontifícia. O
pontífice argentino assinou o livro de honra, deixando uma mensagem na qual manifestou
sentimentos de "alegria e gratidão" por ter podido rezar pela "graça da paz". Deixando
o Muro das Lamentações, o Papa seguiu para o Monte Herzl, cemitério nacional de Israel,
para depor uma coroa de flores no túmulo de Théodore Herzl, fundador e o símbolo do
sionismo moderno, segundo as exigências do protocolo israelita, um gesto no qual foi
ajudado por duas crianças católicas, nascidas em Israel, que falam hebraico. Presentes
o presidente e o primeiro-ministro, Shimon Peres e Benjamin Netanyahu. Francisco
encontra-se agora no mausoléu do Yad Vashem de Jerusalém, em memória das vítimas do
Holocausto, visitando em seguida os dois grãos-rabinos de Israel, no centro Heichal
Shlomo.