Risco de epidemias nos Balcãs onde as inundações afetaram um milhão e 600 mil pessoas
Os Balcãs continuam em estado de alerta diante do aumento do volume de água nos rios
e se preparam para enfrentar o risco de possíveis epidemias, após uma semana de inundações
que afetaram mais de 1,6 milhões de pessoas e deixaram pelo menos 50 mortos. "É
preciso começar imediatamente os trabalhos de limpeza para evitar epidemias. Teremos
de despejar toneladas e toneladas de corpos de animais", alertou o primeiro- ministro
sérvio, Aleksandar Vucic, nesta terça-feira. Já o Ministério da Saúde divulgou uma
nota, fazendo um apelo para "que se aja com urgência para evitar uma catástrofe ainda
mais grave: a das doenças infecciosas".
Na Bósnia, onde pelo
menos 25% dos 3,8 milhões de habitantes do país se vêm afetados pelas inundações,
mais de 100 mil tiveram de deixar as suas casas, o que representa o maior êxodo no
país desde a guerra entre comunidades entre 1992 e 1995.
Na Sérvia,
já são mais de 30 mil desabrigados e, na Croácia, pelo menos 15 mil. Entretanto, os
especialistas advertem que o aumento de temperatura vai acelerar a decomposição dos
animais mortos nas enchentes.
O governo da Bósnia pediu à comunidade
internacional unidades de incineração móveis. A ajuda humanitária estrangeira continua
chegando à região. Cerca de 400 socorristas de países-membros da União Europeia (UE)
estão apoiando os colegas locais.
Em Belgrado, nesta terça à tarde,
a comissária europeia encarregada de Assuntos Humanitários, Kristalina Georgieva,
garantiu que a UE está fazendo o possível para "desbloquear fundos para poder responder
às necessidades humanitárias imediatas" na Sérvia.