Trinta anos da Cruz da JMJ: João Paulo II e a Juventude
Cidade do Vaticano (RV) - Nesta terça-feira, 22 de abril, lembramos os trinta
anos da Cruz da JMJ que no ano de 1984, o Papa João Paulo II confiou aos jovens.
"Sinto-me
em grande débito com João Paulo II e o único modo de retribuir é dando meu testemunho",
com essas palavras o Cardeal Cardeal Stanisław Ryłko, Presidente do Pontifício Conselho
para os Leigos, responsável pela organização das Jornadas Mundiais da Juventude, iniciou
sua catequese nesta terça-feira, no Centro Internacional Juvenil São Lourenço.
Estar
com os jovens era uma necessidade que tinha João Paulo II, também nos momentos mais
difíceis de sua saúde. Ele nunca se sentiu desiludido com eles. Foram fiéis e estiveram
com ele até o fim. "Vocês, jovens, são o futuro da Igreja e a minha esperança", dizia
João Paulo II.
Os jovens são uma via fundamental para a Igreja. Existe a necessidade
constante de um diálogo da Igreja com os jovens, a Igreja tem muitas coisas para dizer
aos jovens, mas também os jovens têm tantas coisas a dizer para a Igreja. Deve ser
uma comunicação de duas vias, disse o Cardeal Rylko.
João Paulo II sempre dizia:
“Não desperdicem o tesouro que é a juventude”. Ele conhecia os problemas que a juventude
tinha de afrontar, mas ele sempre confiou no potencial dos jovens. “Protejam aquilo
que tem de mais preciso em vocês”.
É fundamental descobrir o verdadeiro significado
de ser jovem. A juventude não é somente os anos, um período da vida, mas um tempo
de providência para fazer várias atividades e iniciar um processo de traçar os projetos
para a vida. “Jovens construam a sua vida, não deixe que ela vá passando. Vocês devem
assumi-la!”. João Paulo II queria convencer os jovens de que a vida e esse tempo de
juventude é importante.
Falando sobre as Jornadas Mundiais da Juventude, o
Cardeal Rylko disse que fica feliz com o crescimento da participação dos padres e
bispos nas JMJs.
O purpurado lembrou as muitas famílias que são formadas através
da JMJ, onde jovens se conhecem, começam a namorar e depois se casam. Famílias frutos
da JMJ. A JMJ se tornou um laboratório de fé.
Recordou a semana que estamos
vivendo, em preparação a canonização de João Paulo II, canonização essa tão esperada,
porque, desde o dia que João Paulo II morreu, na Praça São Pedro estavam reunidas
pessoas de vários lugares e como uma profecia, com faixas escritas: “Santo súbito”
– “Santo Já”. Nós podemos dizer com toda a certeza, ouvimos, vimos, convivemos e tocamos
em um santo.
Como disse o Papa Francisco: “João Paulo II será o patrono das
JMJs”, mas não só, afirmou o Cardeal Rylco, "será também o patrono da juventude e
um eterno amigo, mas, um amigo exigente. Podemos confiar a ele nossos pedidos, aqueles
que parecem ser impossíveis de serem resolvidos, ele intercederá sempre por nós".