2014-04-19 13:40:09

À espera da ressurreição com S. José de Anchieta


RealAudioMP3 Cidade do Vaticano (RV) – À espera da ressurreição de Nossa Senhor, deixemo-nos guiar mais uma vez pelas palavras de São José de Anchieta.

Imaginemos a noite de sábado para domingo. Na casa dos discípulos, um silêncio profundo, todos dormem.

Na casa de Maria, vemos João dormindo, mas Maria está acordada em profunda oração. Ela é a Maria da Esperança. Ela tem o coração partido, é a Maria das Dores, mas não é a Maria do Desespero. É a Maria da Esperança. Conserva em seu coração as palavras de seu Filho de que iria ressuscitar. Não sabe quando nem como, mas não deixa a dor tomar conta do seu coração. Ela percebe que seu Filho está presente…

Eis o Filho a entrar-te pela casa adentro, com os sinais do triunfo e as falanges dos patriarcas. Mal se encontrou com o teu, o seu olhar, mal concentrou seus raios em teu coração, quem pudera dizer quanto consolo se apossou de tua alma, quanta beleza refletiu teu rosto.

O Filho que, ao morrer, pronuncia uma sentença contra a morte. Ressuscitou para não mais morrer. E a Maria compete de direito receber este primeiro afeto, esta primeira glória, porque ao ver o Filho sofrer, sofreu também ela, em sua alma, as chagas da injustiça.

Neste reencontro, a divindade do Filho e a santidade da Mãe não impedem que Jesus seja simplesmente filho e Maria, simplesmente mãe – como muitas que todos os dias assistem ao martírio de seus próprios filhos:

Tu, o teu Senhor veneras, ele, sua Mãe:
o amor materno e o amor filial de novo se encontram.
(…)Feliz martírio que concedeu à Mãe tantas alegrias!

Foram-se as noites tenebrosas e a aurora desponta no firmamento. Deixa de chorar, ó Mãe! Pois que já vive o teu triunfador, Jesus, que acabou com o martírio de tua alma. É chegada a hora da melodia dos coros celestes, do hino do triunfo, da eterna vitória. Maria, intercede por nós:

Enquanto a vitoriosa ressurreição do Filho resplandecer em títulos de glória, tu, excelsa Mãe, serás cantada, e, no mesmo esplendor, se envolverá teu doce nome de Mãe, ao nome de teu Filho.

Se me estenderes, ó Mãe, a mão bondosa, ressurgirei também e, sem mancha, viverei para teu Filho e, unindo o meu martírio ao precioso martírio do Senhor, gozarei do semblante de Deus vivo!

(BF)







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