Cidade do Vaticano
(RV) - Neste sábado, após os sofrimentos e a morte do Senhor na cruz, dirijamos
nossa atenção, nossos olhares carinhosos para Maria, a Mãe de Jesus e nossa.
Ela
se encontra na casa de João. O discípulo amado a levou para lá, após o sepultamento
de Jesus, cumprindo uma de suas últimas palavra na cruz: “Mulher, eis aí o teu filho.
Filho, eis aí tua Mãe.”
Vamos encontrá-la em um quarto retirado, meditando
sobre a vida de seu querido filho. Ela o revê criancinha... Belém...Nazaré... a despedida
antes da vida pública...Caná...e outros momentos caros ao seu coração, agora transpassado
pela espada de que falara Simeão, quando da apresentação de Jesus no Templo. De fato
ela agora é a Senhora das Dores. Tudo quanto ela “conservava em seu coração” e sobretudo
o que viu na Paixão, ela revive.
Mas a solidão está cheia de fé e de esperança,
do mesmo modo como está cheia de tristeza.
Maria fica de pé em sua fé intacta,
inabalável como gostamos de dizer. Ela nunca teve as flutuações, as hesitações da
fé dos discípulos. Seu filho acabou de sofrer. Está terminada a fase dolorosa da
redenção. Maria sabe que a Ressureeição é certa e está próxima. Recorda as palavras
pelas quais Jesus anunciou sua Ressurreição.
Já no Calvário ela preseniou a
aurora da ressurreição, da vida nova, dos efeitos da redenção através da conversão
de Dimas, o ladrão que professou a fé em Jesus; através dadeclaração do centuriaão
de que verdadeiramente Jesus era justo; através da atitude de todas as ppessoas que
desciam do monte e voltavam para suas casas batendo no peito em sinal de arrependimento
e contrição...
Maria, em seu quarto, recebe os discípulo: Pedro, que chora
sua fraqueza; João, que chora um amigo; os demais, que haviam fugido. Um a um eles
retornam.
A Pedro ela ensina a humildade, a todos comunica sua paz, sua fé,
sua esperança. Ela vive o papel de consoladora, que mais tarde Jesus ressuscitado
exercerá magificamente. Ela reagrupa os amigos de Jesus, um após o outro. Será o grupo
dos dias da Ressurreição, da Ascensão, de Pentecostes, da primeira comunidade cristã.
Assim a Igreja vais se enraizando no mundo: um grupo de verdadeiros amigos de Jesus
que crêem em sua Ressurreição.
Maria inaugura seu papel de Medianeira, de Mãe
de cada cristão, depois de ter cumprido o papel histórico de co-redentora.
Nesta
noite, a noite da grande vigília, a mais importante para os cristãos, faremos em nossas
comunidades eclesiais a bênção do gfogo novo, com o qual se acenderá o Círio Pascal,
sinal expressivo do Cristo Ressuscitado. As leituras que ouviremos nos farão a recapitulação
de toda a História da salvação, em que o ápice é a Ressurreição de Cristo.
Em
muitas comunidades teremos o batismo de novos irmãos, que aceitaram dar o sim resposta
ao sim proposta de Jesus. Será a aceitação da aliança de Jesus, para toda a vida.
Renovemos também nossa entrega ao Senhor da Vida. Feliz Páscoa!