“Muitos nossos irmãos são objecto de um ódio anticristão”: Card. Parolin
Ainda hoje "em vários contextos, muitos dos nossos irmãos e irmãs permanecem objeto
de um ódio anticristão": palavras do Cardeal Secretário de Estado Pietro Parolin,
na missa organizada pela Comunidade de Santo Egidio, nesta terça-feira à tarde, em
Roma, em memória dos mártires do nosso tempo O purpurado observou que “são pessoas
como nós, com os mesmos medos e fraquezas”, embora pareçam "heróis distantes dos nossos
limites e das nossas contradições". São os cristãos que vivem em países onde declarar-se
cristão significa colocar em risco a própria vida. “Em vários contextos – insistiu
o cardeal Parolin – muitos nossos irmãos e irmãs permanecem objeto de um ódio anticristão.
Não são perseguidos porque lhe é contestado um poder mundano, político, económico
ou militar, mas precisamente porque – disse – são testemunhas tenazes de outra visão
da vida, feita de serviço, de liberdade, a partir da fé." A “geografia” das perseguições
é vasta: Nigéria, Paquistão, Indonésia, Iraque, Quénia, Tanzânia, República Centro-Africana.
Não são apenas católicos, mas também ortodoxos, evangélicos e anglicanos, a suportar
o peso da coerência por amor a Jesus. "As testemunhas da fé – disse uma vez João
Paulo II – não consideraram o "próprio bem-estar, a própria sobrevivência como valores
maiores do que a fidelidade ao Evangelho." Agradeçamos-lhes – concluiu Dom Parolin
– pelo facto de permanecerem fiéis, "não obstante ameaças e intimidações" para "mostrarem
em todos os lugares o nome do Senhor Jesus, verdadeira origem da globalização do amor".