2014-04-14 18:18:36

Bartolomeu I fala sobre o próximo encontro com o Papa Francisco


Istambul (RV) - "Hoje, talvez mais do que 50 anos atrás, existe a necessidade urgente de reconciliação e isso faz com que o próximo encontro com o nosso irmão Papa Francisco, em Jerusalém, seja um evento de grande significado e expectativa."

Essas palavras foram proferidas pelo Patriarca Ecumênico de Constantinopla, Bartolomeu I, numa entrevista à Agência Sir em que o patriarca explicou as razões que levarão os líderes das duas Igrejas a se encontrarem em Jerusalém nos dias 25 e 26 de maio próximo, para comemorar os 50 anos do encontro nessa cidade entre o Papa Paulo VI e o Patriarca de Constantinopla, Atenágoras I.

Várias questões pedem hoje uma ação conjunta e uma única voz da parte das Igrejas, como "o sofrimento das pessoas em todos os cantos do planeta, o abuso da religião para fins políticos e de outro tipo, as dificuldades que os cristãos do mundo inteiro enfrentam, sobretudo nas áreas onde a Igreja cristã, prescindindo da identidade confessional, nasceu e cresceu; as injustiças contra as pessoas mais vulneráveis da sociedade contemporânea e o alarme crise ecologia que ameaça a integridade e a sobrevivência da criação de Deus: tudo isso exige uma ação conjunta e resolução dos problemas que ainda nos dividem. Existe a necessidade urgente de reconciliação", disse ainda Bartolomeu I na entrevista.

"Estamos convencidos de que os líderes das Igrejas devem dar passos decisivos para reconciliar a cristandade dividida e responder às necessidades urgentes de nosso tempo. Certamente o Papa Francisco é um líder sincero e altruísta, que se preocupa com a divisão da Igreja como também pelo sofrimento do nosso mundo", disse ainda o patriarca.

Fazendo um balanço do caminho percorrido nos últimos 50 anos de diálogo, Bartolomeu I admitiu: "Não há dúvida de que o caminho das duas Igrejas nos últimos 50 anos não tenha sido fácil. No entanto, o espírito de amor fraterno e respeitoso tomou felizmente o lugar da antiga polêmica alimentada por suspeitas e julgamentos. Ainda há muito a fazer e o caminho parece ser longo. Essa estrada, no entanto, deve ser realizada não obstante as dificuldades. Não há outra alternativa", concluiu o Patriarca Ecumênico de Constantinopla. (MJ)







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