Um ano atrás, o início do Pontificado de Francisco: “Cuidar das pessoas que estão
na periferia do nosso coração”
Cidade do Vaticano (RV) – Exatamente um ano atrás, neste dia 19 de março, Francisco
presidia à Missa de início do seu Pontificado. E assim como fez na catequese desta
quarta, naquela ocasião dedicou toda a sua homilia às virtudes do Padroeiro da Igreja.
Eis
um trecho de sua homilia:
A vocação de guardião não diz respeito apenas
a nós, cristãos, mas tem uma dimensão antecedente, que é simplesmente humana e diz
respeito a todos: é a de guardar a criação inteira, a beleza da criação, como se diz
no livro de Génesis e nos mostrou São Francisco de Assis: é ter respeito por toda
a criatura de Deus e pelo ambiente onde vivemos.
A seguir, usou uma das
palavras que marcam o seu pontificado: a periferia.
É guardar as pessoas,
cuidar carinhosamente de todas elas e cada uma, especialmente das crianças, dos idosos,
daqueles que são mais frágeis e que muitas vezes estão na periferia do nosso coração.
É cuidar uns dos outros na família. É viver com sinceridade as amizades. Sejam guardiões
dos dons de Deus!
Francisco falou também do ministério petrino, que estava
inaugurando naquele momento, como um poder:
Jamais nos esqueçamos que o
verdadeiro poder é o serviço, e que o próprio Papa, para exercer o poder, deve entrar
sempre mais naquele serviço que tem o seu vértice luminoso na Cruz; deve olhar para
o serviço humilde, concreto, rico de fé, de São José e, como ele, abrir os braços
para guardar todo o Povo de Deus e acolher, com afeto e ternura, a humanidade inteira,
especialmente os mais pobres, os mais fracos, os mais pequeninos, aqueles que Mateus
descreve no Juízo final sobre a caridade: quem tem fome, sede, é estrangeiro, está
nu, doente, na prisão.
Este é o serviço que o Bispo de Roma e todos nós
somos chamados a cumprir: dar esperança perante tantos “pedaços de céu cinzento”.