2014-02-20 18:07:48

Religiosa de 107 anos, uma das mais longevas do mundo, saudada por Francisco


Cidade do Vaticano (RV) – Ela queria ser missionária na África, mas quando bateu à porta dos Combonianos, existiam 42 pessoas na fila, aguardando para entrar na Congregação. Assim, Alma Bellotti, decide “abraçar a cruz vermelha” dos Camilianos. Passados 80 anos daquele dia, “o mais bonito da minha vida”, Irmã Cândida – assim chamada desde que vestiu o hábito religioso – completa 107 anos neste 20 de fevereiro. É a religiosa mais idosa do mundo, depois da brasileira Ir. Irene Lanna, de Belo Horizonte, com 110 anos.

Durante sua vida, viveu sob nove pontificados. Nesta manhã, teve a oportunidade de abraçar o Papa Francisco. Muito lúcida e em boa saúde, afirmou que “não podemos dizer que conheci o Papa Francisco. Apenas o vi. Havia uma multidão, não tivemos tempo para conversar, não era mesmo possível”. Mas a saudação afetuosa ocorreu. O Santo Padre perguntou a ela quantos anos tinha e a cumprimentou pela sua boa saúde.

Para quem pergunta qual o Pontífice mais lhe agradou nestes 107 anos, Irmã Cândida responde: “O Papa é o Papa, não se discute, é o Vigário de Cristo e é necessário segui-lo sem hesitação”.

A religiosa corta a torta, na festa organizada para ela na Casa Generalícia dos Camilianos, no centro de Roma, e conta com serenidade a sua vida. Ao revelar o segredo para chegar aos 107 anos em plena forma, aponta o índicador para o céu e diz: “Ele que faz tudo, eu limito-me a agradecê-lo”. No entanto, “viver com alegria e fazer felizes aqueles que nos rodeiam”, seguramente ajuda.

Sua idade não lhe permite mais realizar o trabalho de assistência, carisma das Ministras dos Enfermos de São Camilo, Santo cujo IV° centenário celebra-se neste ano. Não obstante isto, acorda-se diariamente muito cedo, arruma seu quarto e às 5 horas já está na Capela para a oração, antes das outras religiosas.

Nascida em Verona em uma família numerosa e simples, Irmã. Cândida conta que “nossos país nos educaram, os oitos filhos, na alegria e na santidade. Éramos contentes com o pouco que tínhamos, dia-a-dia”. A vocação e a separação da família representaram o momento “mais doloroso e ao mesmo tempo o mais feliz”.

Atualmente a religiosa vive em Lucca, Itália, e aos jovens aconselha serem “atentos e dóceis à vontade de Deus, a única coisa que nos dá alegria plena”. (JE)










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