Cidade do Vaticano (RV) – “Na vida de cada um de nós há sempre uma necessidade
de recomeçar, de levantar-se, de recuperar o sentido da meta de sua existência”: foi
o disse o Papa Franciso que dedicou ao Advento a sua alocução que precedeu o Angelus.
“Assim
para a grande família humana é necessário renovar sempre o horizonte comum para o
qual estamos a caminho. O horizonte da esperança! O tempo do Advento, que hoje novamente
iniciamos, nos dá o horizonte da esperança, uma esperança que não desilude, porque
é fundada sobre a Palavra de Deus”.
Iniciamos hoje, Primeiro Domingo do
Advento, disse o Papa, um novo ano litúrgico, isto é um novo caminho do Povo de Deus
com Jesus Cristo, o nosso Pastor, que nos guia na história em direção ao cumprimento
do reino de Deus.
Portanto, este dia tem um encanto especial, nos faz provar
um sentimento profundo do sentido da história. Redescobrimos a beleza de estarmos
todos a caminho; a Igreja, com a sua vocação e missão, toda a humanidade, os povos,
as civilizações, as culturas, todos a caminho através das trilhas do tempo.
A
humanidade, portanto, está a caminho, e o Papa se pergunta, mas para onde? Há uma
meta comum ? Qual é essa meta? O Senhor nos responde através do profeta Isaías continuou
Francisco:
“No final dos tempos, o monte da casa do Senhor estará firmemente
plantado no mais alto dos montes, e será mais alto que as colinas e todas as nações
correrão para ele. Virão muitos povos, dizendo: «Venham! Vamos subir à montanha do
Senhor, vamos ao Templo do Deus de Jacó, para que ele nos mostre seus caminhos, e
possamos caminhar em suas veredas»”. ( 2:2-3 ) .
Para o Papa Francisco,
o que Isaías descreve é uma peregrinação universal em direção de uma meta comum, que
no Antigo Testamento é Jerusalém, onde surge o templo do Senhor, pois a partir daí,
de Jerusalém, veio a revelação da face de Deus e da Sua lei . A revelação encontrou
em Jesus Cristo a sua realização, e o " templo do Senhor " tornou-se Ele mesmo, o
Verbo que se fez carne: é Ele o guia e junto a meta da peregrinação do Povo de Deus;
e para a sua luz também os outros povos podem caminhar em direção ao Reino da justiça
e da paz.
Diz ainda o profeta : De suas espadas eles fabricarão enxadas,
e de suas lanças farão foices. Nenhuma nação pegará em armas contra outra, e ninguém
mais vai se treinar para a guerra. (2,4).
Permito-me, continuou o Papa
de repetir essas palavas. Mas quando ocorrerá isso? “Que bonito dia será aquele, quando
as armas serão desmontadas para serem transformadas em instrumentos de trabalho. E
isso é possível! Vamos apostar na esperança, na esperança da paz, e isso é possível”!.
E
o Papa chama a atenção para o modelo do comportamento espiritual, do modo de ser e
de caminhar na vida, citando a Virgem Maria.
Uma simples jovem do interior,
que carrega no coração toda a esperança de Deus! No seu ventre a esperança de Deus
se fez carne, tornou-se homem, se fez história: Jesus Cristo. O seu Magnificat é o
cântico do Povo de Deus a caminho, e de todos os homens e mulheres que esperam em
Deus, no poder da sua misericórdia. Deixemo-nos guiar por ela neste tempo de espera
e de vigilância ativa.
O Santo Padre concluiu concedendo a todos a sua
Benção Apostólica, (SP)