A Igreja no Brasil não pode perder a Amazônia: a gratidão ao Papa Francisco
Manaus (RV)
- O programa de trabalhos desta quarta-feira, 30, no I Encontro da Igreja Católica
na Amazônia Legal se encerrou com uma missa presidida por Dom Cláudio Hummes, Presidente
da Comissão Episcopal para a Amazônia, e concelebrada por todos os bispos e sacerdotes
participantes do Encontro, na Catedral de Manaus.
A missa foi bastante animada
por cantos e teve um momento sugestivo quando os bispos passaram pela nave da Catedral
e acenderam as velas que os fiéis tinham em suas mãos. Com muito entusiasmo, o Cardeal
Hummes fez uma homilia centrada no papel da Igreja junto ao povo para reivindicar
seu direito de voz.
Referindo-se aos grandes projetos do Governo que agridem
o meio ambiente sem que as populações locais sejam ouvidas, Dom Cláudio lançou o desafio:
“Como fazer de Jesus Cristo uma notícia que transforme o coração e as mentes daqueles
que impõem estes projetos?”. A resposta, indicou, está no novo tempo de luz e graça
para a Igreja que chegou com o Papa Francisco.
Partindo do desejo do Papa
de uma Igreja pobre para os pobres, que abata os muros e chegue às pessoas, o cardeal
frisou o significado do verbo “ir”: “É preciso abrir as portas, como faz Jesus, que
bate à portas para entrar em nossas vidas e fazer a Ceia conosco. Não há fé sem caridade”,
clamou, terminando: “O Papa tem um grande amor pela Amazônia e por vocês!”.
Este
tema já havia sido tocado durante a pauta da manhã, no Auditório da Maromba. “A Igreja
no Brasil não pode perder a Amazônia” foi a frase do dia.
Depois do almoço,
a programação prosseguiu de forma diferente, com os bispos divididos em grupos de
discussões em salas da faculdade de Filosofia e Teologia, situada ao lado do Centro
de Estudos.
Dom Leonardo Steiner, Secretário-Geral da CNBB, falou com a RV
sobre os trabalhos da tarde desta quarta-feira, 30, e da iniciativa dos participantes
de escreverem uma carta de agradecimento ao Pontífice. Para ouvir, clique acima.