Brasília (RV) - Celebra-se no Brasil, nesta terça-feira, o Dia do Nascituro.
A data 8 de outubro conhecida como Dia do Nascituro foi uma decisão da 43ª Assembleia
Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), realizada em 2005, em Itaici
(SP), e marca o encerramento da Semana Nacional da Vida. Neste período, dioceses e
comunidades de todo Brasil organizaram atividades e celebrações em prol da vida.
Segundo
o Secretário-Geral da CNBB, Dom Leonardo Ulrich Steiner, o momento é importante para
suscitar a reflexão sobre o valor da vida. "A Semana Nacional da Vida e o Dia do Nascituro
são ocasiões para que toda a Igreja continue afirmando sua posição favorável à vida
desde o seio materno até o seu fim natural, bem como a dignidade da mulher e a proteção
das crianças", afirmou.
Uma iniciativa que visa proteger, defender e valorizar
a vida humana é o abaixo-assinado pela aprovação do projeto de lei 478/2007, conhecido
como Estatuto do Nascituro. O Bispo de Camaçari (BA), Dom João Carlos Petrini, Presidente
da Comissão Episcopal Pastoral para a vida e a Família da CNBB, enviou uma carta aos
bispos e arcebispos do Brasil para que, em suas respectivas localidades, promovam
a coleta de assinaturas para aprovação do projeto.
O presidente da comissão
sugere que atividades públicas, e também no âmbito da comunidade, sejam feitas para
coletar assinaturas em favor da aprovação do Estatuto do Nascituro, na Câmara dos
Deputados, em apoio aos deputados que pedem a alteração da lei 12845/2013, que visa
atendimento obrigatório a vítimas de violência sexual, mas que obriga também a administração
da pílula do dia seguinte (pílula abortiva).
"O ser humano que é gerado no
ventre de uma mulher, com a participação de um homem, não é fabricado por aquele homem
e aquela mulher, não é um produto que eles produzem, é sempre uma criatura de Deus.
O homem e a mulher são apenas instrumentos de uma vontade criadora infinitamente maior,
a vontade de Deus, que nos quer, e quer a nossa vida", explicou o bispo.
Ainda,
segundo Dom Petrini, "a vida é um dom de inestimável valor, feito de amor e ternura
infinita, porque a vida humana é relação com o Mistério Infinito, Eterno e Criador
que a quer e a ama. Trata-se de um dom inegociável tanto no mercado quanto nos parlamentos".
Para
o assessor da Comissão Episcopal Pastoral para a vida e a Família, Pe. Rafael Fornasier,
a aprovação do projeto é necessária, uma vez que a lei defende a vida da criança após
o nascimento, mas não a protege no útero materno. "O Estatuto do Nascituro é projeto
de lei que quer reforçar os direitos garantidos na Constituição Federal, também para
a criança ainda no ventre materno, de tal maneira que o aborto não seja legalizado
no Brasil, por desconsiderar a criança no ventre materno", explicou o sacerdote.
O
abaixo-assinado, para a aprovação do Estatuto do Nascituro deve ser encaminhado ao
Congresso Nacional. "As assinaturas serão entregues ao possível relator do projeto
de lei, como uma forma de demonstração de que há muita gente contrária ao aborto no
Brasil, e quer uma defesa mais clara da criança no ventre materno e da mulher", concluiu
Pe. Fornasier. (MJ/CNBB)