Jales (RV) - Quando o mês de agosto tem cinco domingos, o último deles é dedicado
especialmente aos catequistas. Desta vez são quase cinco domingos, pois o mês termina
de sábado, no dia 31 de agosto. Na dança entre semanas e meses, desta vez a semana
encaixa bem no mês, terminando junto com ele.
Mas independente de quatro ou
cinco domingos, os catequistas se sentem contemplados no contexto do mês vocacional.
Como de resto se sentem bem à vontade com seus catequizandos, independentemente se
a comunidade valoriza, ou não, o seu bonito e importante ministério.
E ainda,
há outro detalhe. Sabemos que a grande maioria dos catequistas são mulheres. Se de
vez em quando convém usar a linguagem inclusiva, seria muito conveniente falar dos
catequistas e, é claro, das catequistas. Mas temos a certeza que elas, as catequistas,
não se sentem nem um pouco diminuídas se não enfatizamos sua condição de gênero.
Portanto,
mulheres e homens assumem este ministério bonito, de iniciar na fé as crianças, os
jovens, e também os adultos. Este ministério é o mais antigo que existe na Igreja.
Mesmo quando uma paróquia não chegou ainda a formalizar em sua comunidade os diversos
ministérios leigos, a catequese se faz presente.
Podemos dizer que é na catequese
que se concretiza, de maneira especial, a assistência do Espírito Santo à Igreja,
conforme a promessa feita por Cristo.
Mas se a catequese se realiza mesmo sem
o apoio explícito que ela merece, não é que com isto ficamos eximidos de reconhecer
sua importância, e de apoiá-la com o mínimo de recursos pedagógicos que devem se colocados
à sua disposição.
Dada a importância da catequese na ação de transmitir a fé,
assunto que tanto preocupa hoje a Igreja, vale a pena investir em conseguirmos bons
roteiros pedagógicos, para as diversas etapas da catequese.
Neste sentido,
a Diocese de Jales sente a alegria de ter elaborado, aos poucos, os seus livros de
catequese, desde a catequese infantil, até a catequese de adultos, passando pela catequese
de Primeira Eucaristia e da Crisma, dentro da série “Viver a Fé Construindo Comunidade”.
Nas
reflexões em preparação da romaria diocesana deste ano, realizada no domingo passado,
foram destacadas as diversas dimensões, vividas pela Igreja Primitiva. Dizem os Atos
dos Apóstolos, que os primeiros cristãos eram “assíduos à doutrina dos Apóstolos,
na comunhão fraterna, na fração do pão e nas orações”.
A primeira dessas
dimensões tem uma evidente relação com a catequese: a perseverança na doutrina. Os
próprios Apóstolos eram os catequistas das primeiras comunidades.
A Igreja
Primitiva podia gozar deste privilégio, de ter convivido com o Mestre, de ter sido
agraciada com a abundância do Espírito Santo, e de contar com a presença dos primeiros
protagonistas da Igreja nascente, a nova comunhão de amor implantada por Cristo no
seio da humanidade, onde ela sempre precisa permanecer como semente de força irresistível,
como sal, luz e fermento fazendo germinar os sinais do Reino de Deus.
Mesmo
não tendo desta vez um domingo especial para os catequistas, queremos reconhecer a
importância de sua missão evangelizadora, com votos de que sejam os primeiros a experimentarem
a alegria de viver os valores que eles nos transmitem.
Muito obrigado, mulheres
e homens, catequistas de nossas comunidades! Que Deus os recompense pelo testemunho
que nos dão e pelo trabalho que realizam!