Papa Francisco: A nossa alegria é ser discípulos e amigos de Jesus
Cidade do Vaticano (RV) - O Papa Francisco rezou o Angelus deste domingo, 07
de julho, da janela da residência pontifícia, com milhares de fiéis e peregrinos presentes
na Praça São Pedro.
Na alocução que precedeu a oração mariana, o pontífice
manifestou a alegria de ter partilhado com os seminaristas, noviços e noviças a peregrinação
especial do Ano da Fé e pediu aos fiéis para que rezem por eles a fim de que amadureça
cada vez mais em suas vidas o amor por Cristo e se tornem verdadeiros missionários
do Reino de Deus".
"O Evangelho deste domingo nos diz que Jesus não é um
missionário isolado, não quer cumprir sozinho a sua missão, mas envolve os seus discípulos.
Vemos que além dos Doze Apóstolos, ele chama outros setenta e dois e os manda aos
povoados, dois a dois, para anunciar que o Reino de Deus está próximo. Isso é muito
bonito! Jesus não quer agir sozinho. Ele veio trazer ao mundo o amor de Deus e quer
difundi-lo com o estilo de comunhão e fraternidade. Por isso, forma imediatamente
uma comunidade de discípulos, que é uma comunidade missionária. Ele forma imediatamente
os discípulos para a missão, para ir."
O Santo Padre sublinhou que "o objetivo
não é socializar, passar o tempo juntos, não. O objetivo é anunciar o Reino de Deus
e isso é urgente! Não há tempo a perder com conversa, não é preciso esperar o consenso
de todos. É necessário ir e anunciar. A todos devemos levar a paz de Cristo e se não
a acolherem, vamos em frente. Aos doentes se leva a cura, porque Deus quer curar o
ser humano de todo mal. Quantos missionários fazem isso! Eles semeiam vida, saúde
e conforto nas periferias do mundo".
"Estes setenta e dois discípulos que
Jesus manda à sua frente, quem são eles? Quem eles representam? Se os Doze são os
Apóstolos e representam também os bispos, os seus sucessores, esses setenta e dois
podem representar os outros ministros ordenados, presbíteros e diáconos; mas num sentido
mais amplo, podemos pensar em outros ministérios na Igreja, nos catequistas e fiéis
leigos que trabalham nas missões paroquiais, naqueles que trabalham com os doentes,
com as várias formas de desconforto e marginalização, mas sempre como missionários
do Evangelho, com a urgência do Reino que está próximo."
O Evangelho nos
diz que os setenta e dois voltaram de sua missão cheios de alegria, porque tinham
experimentado o poder do Nome de Cristo contra o mal. Jesus confirma isso. A esses
discípulos Ele dá a força para destruir o mal, mas acrescenta: "Contudo, não se alegrem
porque os maus espíritos obedecem a vocês; antes, fiquem alegres porque os nomes de
vocês estão escritos no céu". Não devemos nos vangloriar como se fôssemos os protagonistas:
o protagonista é o Senhor, a sua graça. A nossa alegria é somente essa: ser seus discípulos,
seus amigos. Que Maria nos ajude a ser bons operários do Evangelho.
Após a
oração do Angelus, Francisco recordou a publicação, na última sexta-feira, da Encíclica
Lumen fidei (Luz da fé).
"Para o Ano da Fé, o Papa emérito Bento
XVI iniciou esta encíclica, após a da caridade e esperança. Eu peguei esse projeto
e o concluí. Eu o ofereço com alegria a todo o Povo de Deus. Hoje, especialmente precisamos
ir ao essencial da fé cristã, precisamos aprofundá-la e confrontá-la com as problemáticas
atuais. Acredito que esta encíclica, pelo menos em algumas partes, poderá ser útil
para aqueles que estão à procura de Deus e do sentido da vida. Eu a coloco nas mãos
de Maria, ícone perfeita da fé, para que possa dar os frutos que o Senhor deseja."
O
Santo Padre saudou todos os presentes, particularmente os jovens da Diocese de Roma
que se preparam para ir ao Rio de Janeiro na Jornada Mundial da Juventude. "Queridos
jovens, eu também estou me preparando! Caminhemos juntos rumo a esta grande festa
da fé. Que Maria nos acompanhe."
Enfim, o Papa Francisco saudou as Irmãs Rosminianas
e as Franciscanas Angelinas que realizam seus Capítulos Gerais e os responsáveis pela
Comunidade de Santo Egídio que vieram de vários países para o curso de formação. (MJ)