2013-06-25 19:37:46

Saiba o que é o pálio


Cidade do Vaticano (RV) – No dia da Solenidade de São Pedro e São Paulo, padroeiros da Igreja de Roma, o Papa Francisco presidiu na Basílica Vaticana à celebração Eucarística.

Como é tradição, nesta cerimônia se realiza a imposição do pálio aos novos metropolitas. No total, este ano eram 35, mas na Basília havia 34, já que o Arcebispo de Hue, no Vietnã, não pôde estar presente e o receberá em sua sede metropolitana.

O rito de imposição do pálio foi feito conforme estabelecido por Bento XVI em 2012, ou seja, foi realizado no início da celebração. O novo Patriarca de Lisboa, Dom Manuel Clemente, leu a fórmula do juramento, Francisco abençoou os pálios e a seguir, um a um, os Arcebispos se ajoelharam diante do Papa para receber a faixa de lã sobre os ombros.

As informações exatas sobre a origem desta tradição não são precisas. Sabe-se, no entanto, que já no século IV o Papa usava este pálio. Provavelmente era uma insígnia imperial passada aos bispos. O pálio passa então a ser dado por Roma aos metropolitas, sobretudo na época de Gregório VII, logo após o ano mil, quando existia a necessidade de controlar a eleição de bispos.

A partir daquele período, os metropolitas vinham a Roma receber o pálio. Posteriormente, ele passou a ser concedido também àqueles que não eram metropolitas, como um sinal de honra. Na década de 70, houve a reforma do pálio, desejada pelo Papa Paulo VI, por isso até hoje é concedido apenas aos metropolitas, no dia 29 de junho, Solenidade dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo, justamente para evidenciar a ligação daqueles que carregam o pálio com a Sé Apostólica.

O simbolismo do pálio foi sendo enriquecido ao longo dos séculos. No início, ele teve um simbolismo sobretudo eclesial, isto é, em todo o primeiro milênio o pálio indicava a ovelha que estava perdida, e, portanto, significava o pastor que a carregava em seu ombro esquerdo. Está representado em toda a iconografia e em todos os mosaicos do primeiro milênio.

Posteriormente, ele mudou a forma: foi colocado ‘ad ipsilon’ sobre a pessoa que o usava e assumiu outro significado. As cruzes vermelhas (do Pontífice - os Arcebispos recebem com a cruz preta) assumiram o significado das chagas do Senhor. Os cravos assumiram o significado dos três pregos da crucificação. Assim, o pálio assumiu sobretudo um significado cristológico, do Cristo Bom Pastor. Hoje, há esses dois elementos juntos.

O pálio é feito de lã, abençoada pelo Pontífice na festa de Santa Inês, e significa a ovelha perdida, leva os cravos e tem essas cruzes para significar que o Bom Pastor dá a sua vida pelas suas ovelhas.

(JE/BF)








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