Angelus: "A Igreja se fundamenta no martírio, não no poder"
Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco rezou ao meio-dia com os fiéis reunidos
na Praça S. Pedro a oração do Angelus, por ocasião da Solenidade dos Santos Pedro
e Paulo, padroeiros da Igreja e da cidade de Roma.
Na alocução de precedeu
a oração mariana, o Papa recordou que esta festa – que no Brasil é celebrada neste
domingo, 30 – não é só da Igreja de Roma, mas de toda a Igreja, porque todo o povo
de Deus deve aos dois Apóstolos o dom da fé.
Pedro foi o primeiro a confessar
que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus. E Paulo propagou este anúncio no mundo greco-romano.
A Providência quis que os dois viessem a Roma e derramassem seu sangue pela fé. “Por
isso, a Igreja de Roma se tornou imediatamente e de modo espontâneo o ponto de referência
para todas as Igrejas espalhadas no mundo. Não pelo poder do Império, mas pela força
do martírio, do testemunho oferecido! No fundo, é sempre e somente o amor de Cristo
que gera a fé e leva avante a Igreja.”
O Papa acrescentou: “Queridos irmãos,
, que alegria acreditar num Deus que é completamente amor e graça! Esta é a fé que
Pedro e Paulo receberam de Cristo e transmitiram à Igreja. Como eles, deixemo-nos
conquistar por Cristo”.
Por fim, Francisco agradeceu a presença em Roma da
delegação do Patriarcado de Constantinopla, e guiou os presentes na oração do Ave-Maria
na intenção do Patriarca Bartolomeu I e de sua Igreja. Também pediu orações pelos
Arcebispos metropolitanos aos quais entregou momentos antes o pálio, símbolo de comunhão
e de unidade. Depois do Angelus, o Papa saudou os peregrinos que vieram
de todo o mundo para festejar seus Arcebispos, entre eles o Arcebispo de Bangui, na
República Centro-Africana, Dom Dieudonné Nzapalainga. De modo especial, encorajou
o povo centro-africano, duramente provado pelo conflito civil, a caminhar com fé e
esperança.
Neste dia em que é feriado em Roma, concluiu com “uma boa festa
e bom almoço a todos”.