"A oração constante pode fazer milagres", afirma o Papa
Cidade do Vaticano (RV) - Como garante Jesus no Evangelho, é verdade que “tudo
é possível a quem crê”: assegurou o Papa Francisco, nesta segunda-feira de manhã,
na homilia da missa celebrada na capela da Casa Santa Marta, com um numeroso grupo
de jornalistas da Rádio Vaticano.
O Papa comentou o Evangelho do dia, com
o caso de um jovem há muito anos em situação de grave mal-estar atribuído à possessão
diabólica. O pai suplica a Jesus que intervenha: “Se podes fazer alguma coisa, tem
piedade de nós e ajuda-nos!” “Tudo é possível a quem acredita” – responde Jesus. “Eu
creio, ajuda a minha pouca fé” – responde, “em altos brados”, o pai. E o Senhor intervém,
entregando-lhe o filho são e salvo. À parte, os discípulos interpelam Jesus: por que
é que nós não tínhamos conseguido expulsar este espírito maligno, e tu sim? Só com
a oração é que se consegue – adverte Jesus.
Francisco convidou pois a uma oração
confiante, cheia de fé. E sugeriu que peçamos a Jesus, repetidamente, ao longo do
dia, como o pai de que fala o Evangelho: “Eu creio, Senhor, mas ajuda a minha pouca
fé”.
Como exemplo de uma situação semelhante, no nosso tempo, o Papa Francisco
contou a história de um casal argentino que tinha uma filha de sete anos que os médicos
tinham declarado um caso perdido, com apenas algumas horas de vida. Aflito, o pai
deixou o hospital e foi para o santuário de Nossa Senhora de Luján, a mais de duas
horas de viagem. Quando ali chegou, encontrou tudo fechado, mas ficou horas e horas,
toda a noite, agarrado às grades do santuário, gritando a sua dor e invocando a intervenção
do céu para a filha que estava a morrer.
Aquele homem, cheio de fé, “combateu
com Deus”, com a sua oração insistente – comentou o Papa Francisco. De manhã, voltou
à cidade e encontrou a esposa banhada em lágrimas, no hospital. “Não entendo nada!”
– dizia-lhe ela. Contrariamente à sentença dos médicos, a filha não tinha morrido,
mas se encontrava - inexplicavelmente - curada. Ainda hoje há milagres – comentou,
o Papa. Rezemos com fé. E peçamos ao Senhor que aumente a nossa pouca fé. (JM)