Brasília (RV) - A 51ª Assembleia Geral da CNBB, em Aparecida (SP), aprovou
em votação secreta, no dia 17 de abril, a criação do seu 18º Regional que corresponde
ao território do Estado do Tocantins e parte de Goiás.
O Regional Norte 3
da CNBB é composto pela arquidiocese de Palmas, dioceses de Porto Nacional, Tocantinópolis
e Miracema e pela prelazia de Cristalândia. Possui 178 paróquias, 183 padres diocesanos,
30 religiosos, 33 diáconos permanentes, 101 religiosas, 15 comunidades de Vidas e
centenas de leigos e leigas, membros das pastorais, dos movimentos, dos organismos
e dos serviços eclesiais. Possui ainda um Seminário com 45 seminaristas, de Filosofia
e de Teologia, e um Tribunal Eclesiástico.
Dom Pedro Brito Guimarães, Arcebispo
de Palmas (TO) e um dos responsáveis pela proposta esclarece que, “um Regional não
é uma super diocese, mas uma instância de colegialidade e de colaboração pastoral.
Não possui uma estrutura de poder e sim a de organismo vivo de comunhão e de serviço
pastoral. A missão de um Regional é o cuidado pastoral de uma determinada região,
através da interajuda missionária entre os bispos das dioceses, de modo que o povo
esteja mais próximo da Igreja e a Igreja mais próxima do povo”, explica
O
território do novo Regional é constituído pelo Estado do Tocantins, com a extensão
de 277.620,858 Km², e formado por 139 municípios do Tocantins e mais sete municípios
do Estado de Goiás, totalizando uma população de aproximadamente 1.500.453 habitantes.
Os
motivos que levaram os bispos do Centro Oeste (Goiás, Distrito Federal e Tocantins)
a solicitar a criação do Regional Norte 3 foram as distâncias físicas, geográficas
e pastorais entre Palmas, Goiânia (1.520 km) e Brasília (1.247 km), o que tornava
onerosa as reuniões e encontros de formação inviabilizando a participação, sobretudo
dos leigos. Outro motivo é a necessidade de setorização para diminuir as distâncias
e aumentar a presença nas periferias e pastorais.
Com isso os bispos esperam
intensificar a colegialidade, a ajuda recíproca e solidária, bem como a corresponsabilidade
missionária entre suas Igrejas, conforme destaca dom Pedro Brito. “Nascido com a vocação
de ser pequeno e pobre, o Regional Norte 3 se regerá pela ótica da leveza institucional
com estruturas simples, enxuta e mínima, para o seu funcionamento, e se manterá economicamente
pelas receitas oriundas das contribuições das dioceses componentes”. (CNBB-CM)