Vida consagrada deve "surpreender" o mundo para combater estagnação
Cidade do Vaticano (RV) – O Prefeito da Congregação para os Institutos de Vida
Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, Card. João Braz de Aviz, encerra este
sábado, com uma celebração eucarística na Basílica Vaticana, a 60ª Assembleia da União
dos Superiores Maiores Italianos (USMI).
Na abertura do evento, no dia 3, os
religiosos se dirigiram ao Papa Francisco: “Hoje, na sua pessoa, o céu nos deu um
presente tão belo, tão simples e tão essencial que nos impressiona, nos enche de maravilha.
É por isso que o acolhemos na simplicidade rigorosa de suas palavras, porque a vida
religiosa na Itália quer dar espaço ao seu magistério”. Mas sem esquecer Bento XVI:
“Os seus ensinamentos e os seus gestos ressoam no nosso coração não como uma lembrança,
mas como um carinho que continua a iluminar, a curar, a gerar paz e esperança”.
Um
dos principais desafios da vida religiosa na Itália é a falta de vocações – que levou
ao envelhecimento dos institutos. “A estagnação se infiltra e há grande incerteza
acerca da relevância da nossa vida e da missão”, afirmou a Presidente da USMI, Madre
Ballarin. Segundo ela, os jovens não veem a vida religiosa como uma escolha importante
ou como um ideal de vida em que podem realizar suas aspirações.
Ao invés,
conclui, é preciso manter as portas abertas aos desígnios de Deus – posição compartilhada
pelo jesuíta Marko Ivan Rupnik. “Se as nossas obras não suscitam nas pessoas o louvor
Deus-Pai – afirmou o famoso mosaicista – servem para pouco. A vida consagrada deve
surpreender o mundo, propondo um estilo de vida espiritual que vença o individualismo,
o verdadeiro mal da nossa sociedade.” (BF)